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Ser multitarefa não é sinônimo de produtividade

  • Foto do escritor: Luciana Sutti
    Luciana Sutti
  • 25 de out. de 2018
  • 2 min de leitura


Há o senso comum de que pessoas que conseguem fazer várias tarefas ao mesmo tempo são mais eficientes. Porém, o cérebro humano só pode processar uma ideia consciente de cada vez. As outras coisas “rodam” automáticas, como pano de fundo.


Para realizar tarefas que exigem atenção e concentração de forma simultânea, o cérebro deveria ser capaz de utilizar a mesma rede neural do córtex pré-frontal nas ações, o que é fisiologicamente impossível.


Jean Philippe Lachaux, neurocientista francês, explica: “Há duas maneiras de ser multitarefa. A primeira é executar duas ações simultaneamente, sendo que uma delas dever automática. Dirigir ouvindo rádio, por exemplo, ou andar de bicicleta e cantar. Agora, fazer duas coisas ao mesmo tempo que precisam de atenção, como verificar seus e-mails durante uma reunião, exige que você alterne rapidamente seu foco: ouvir o que a pessoa está dizendo e discretamente verificar suas mensagens ao mesmo tempo”.


Essa alternância atrapalha a capacidade de concentração e de compreensão da mensagem que está sendo lida e respondida. Além disso, também impede o indivíduo de entender perfeitamente o que está sendo dito na reunião.


Quer fazer um teste bem simples?


Peça ajuda para outra pessoa cronometrar seu tempo para pensar na seguinte sequência:

1...2...3...4...5...6...7...8...9...10...A...B...C...D...E...F...G...H...I...J


Depois, peça para marcar seu tempo enquanto pensa na sequência (sem olhar!):

1A...2B...3C...4D...5E...6F...7G...8H...9I...10J


Embora nos dois casos tenhamos os mesmos números e mesmas letras, você provavelmente usou alguns segundos a mais para cumprir a segunda tarefa. Por que?


1) Contar de 1 a 10 e falar o abecedário são tarefas já automatizadas. Não precisa “pensar” muito para fazer esta atividade.


2) Já quando se tem necessidade de fazer uma nova combinação, mesmo de coisas muito conhecidas, cada vez que “abre e fecha” a “caixinhas dos números” e depois “abre e fecha” a “caixinha das letras”, perde-se tempo entre elas.


Ou seja, no modo multitarefa, o cérebro precisa automatizar um dos trabalhos para colocar essas "ferramentas" à disposição do outro, em seguida ele automatiza o segundo para se dedicar ao primeiro, numa alternância constante.


Nesse processo de alternância, o cérebro perde algum tempo cada vez que abre e fecha rotinas. Além disso, para realizar essas trocas rápidas, o cérebro também gasta energia e libera mais cortisol e adrenalina do que em outras situações.

Sabendo agora destas informações sobre o funcionamento do cérebro humano, que mudanças você fará no seu dia-a-dia como gestor para aumentar sua produtividade e da sua equipe?

 
 
 

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