O que também está obsoleto em mim?
- Luciana Sutti
- 7 de mar. de 2021
- 2 min de leitura

A faxina de sábado me rendeu algumas reflexões... O que está obsoleto em mim?
Primeiro, o que significa obsoleto?
Ela vem do Latim OBSOLETUS, particípio passado de OBSOLESCERE, “cair em desuso”, de OB-, aqui como “oposto”, mais SOLERE, “estar acostumado com”.
É fácil ver que algo externo está obsoleto. Os DVDs e CD-ROMs que joguei fora ontem, por exemplo. Não tenho nem onde rodá-los. Se preciso de alguma informação, não preciso mais ir à Enciclopédia, tem o Google. Se quero estudar inglês, tem inúmeros apps à disposição.
Como sei que algo está obsoleto?
Quando algo não funciona mais.
Quando os resultados obtidos não são satisfatórios.
Quando o comportamento não é o mais adequado.
Isso me fez pensar em quantas coisas obsoletas tenho dentro de mim!
Muitos produtos já nascem com o conceito de obsolescência programada. Seus fabricantes escolhem produzir um produto que em pouco tempo se tornará propositalmente não funcional, com o objetivo de forçar a compra de uma nova geração de produtos.
Nosso smartphone frequentemente nos manda uma notificação de atualização do sistema operacional. Se decidirmos não baixar a nova versão, o celular começa a travar.
Pode ser que os seres humanos já venham também com obsolescência programada de "fábrica".
Se considerarmos que nosso objetivo é ampliar nossa consciência e evoluir como espécie, talvez seja uma boa estratégia nos convidar a atualizar com frequência a nossa versão de nós mesmos.
Será que é por isso que existe o sofrimento?
Será que o sofrimento não é só uma "Notificação de evolução"?
Será que não é somente a vida nos convidando a rodar uma nova versão?
Da próxima vez que algo começar a "travar" na minha vida, vou refletir sobre quais pensamentos, comportamentos e ações precisam ser reprogramados dentro de mim!
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